Após o perder as eleições municipais de Cuiabá e não conseguir ir para o 2º turno, o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) atribuiu o resultado à forte polarização política entre esquerda e direita. A declaração foi feita na manhã desta terça-feira (09), quando reassumiu a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
"Eu acho que nós entramos em um momento de polarização, quem era de esquerda votou na esquerda, quem era de direita votou na direita e aquele que estava convicto mesmo que nosso projeto era o melhor para Cuiabá votou na gente. Entramos em meio a uma guerra polarizada", avaliou.
Botelho estava licenciado da ALMT por causa do pleito eleitoral. Ele recebeu 88,9 mil votos da população cuiabana, totalizando 27,77%. Apesar do número expressivo, ficou em terceiro lugar, atrás de Abilio Brunini (PL), que teve 39,61% dos votos válidos e de Lúdio Cabral (PT), que ficou com 28,31%. "Levamos as melhores propostas, estudamos Cuiabá, andamos nos bairros. Eu estava preparado, fizemos tudo o que podia, estou com o sentimento de dever cumprido", disse.
O parlamentar afirmou que para o 2º turno, o posicionamento ainda será discutido, mas que inicialmente seguirá a orientação do União Brasil, que liberou os filiados para apoiar quem melhor avaliarem.
"Ainda vamos fazer uma reunião para discutir. A princípio não vamos tomar posição nem de um lado, nem de outro e cada um segue as suas ideias", completou.
Botelho já reinicia os trabalhos na Assembleia nesta terça e já irá presidir a sessão desta quarta (08). Nesta semana, ele deve conduzir o debate sobre o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que entra em segunda votação. Também será lido o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2025, encaminhado pelo governo do Estado no último dia 30, abrindo o prazo para apresentação das emendas.