Por 19 votos favoráveis e 7 contrários, a Câmara de Cuiabá manteve o veto do prefeito Abilio Brunini (PL) à lei que permitiria professores e profissionais da Educação a consumirem a merenda fornecida aos alunos da rede municipal de ensino. O autor do texto é o vereador Dídimo Vovô (PSB).
A matéria havia sido aprovada em dezembro de 2024, por 20 votos favoráveis, contrariando o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), à época. No entanto, com a abertura da nova legislatura e veto do novo prefeito, Dídimo vê traição de colegas que mudaram de posição.
O parlamentar prometeu expor os vereadores que mudaram de posionamento e os que ajudaram a manter o veto, divulgando os nomes e rostos nas redes sociais - assim como circulou, às vésperas das eleições municipais, a lista de vereadores que teriam sido responsáveis por aprovar a taxa de lixo.
"Enganando a população cuiabana, são traidores, traidores dos profissionais. Votaram no fim a do ano a favor, derrubaram o parecer da CCJR e votaram a matéria, e agora, mudou de prefeito, mudaram o entendimento. É conversa para boi dormir, enganadores e traidores. Assim como vocês colocaram a minha foto nos quadrinhos, eu vou colocar e mostrar quem de fato está do lado população cuiabana", disparou ele.
O Município alega que a iniciativa invade a competência do prefeito e cria despesas para a administração municipal, violando a Lei de Responsabilidade Fiscal. Em meio às discussões, a vereadora Katiuscia Mantelli (PSB) indicou ao Município para que conceda aos profissionais da Educação um "vale-alimentação" com recursos da Fonte 100. O texto não descreve qual seria o valor do benefício.
Quem apoiou e quem rejeitou
Os vereadores que seguiram o veto do prefeito são: Alex Rodrigues (PV), Baixinha Giraldelli (SD), Cezinha Nascimento (União Brasil), Daniel Monteiro (Republicanos), Dilemário Alencar (União Brasil), Demilson Nogueira (PP), Eduardo Magalhães (Republicanos), Ilde Taques (PSB), Katiuscia (PSB), Samantha Iris (PL), Maysa Leão (Republicanos), Maria Avallone (PSDB), Marcrean Santos (MDB), Michelly Alencar (União Brasil), Ranalli (PL), Sargento Joelson (PSB), T. Coronel Dias (Cidadania), Wilson Kero Kero (PMB) e Drª. Mara (Podemos)
Os vereadores que rejeitaram o veto são Dídimo Vovô (PSB), Jeferson Siqueira (PSD), Kássio Coelho (Podemos), Mário Nadaf (PV), Marcus Brito (PV), Adevair Cabral (SD) e Chico 2000 (PL).
Quem mudou de posição
Foram favoráveis à matéria em dezembro de 2024 e mudaram de posição em janeiro de 2025, após a reeleição, os seguintes vereadores: Michelly Alencar, Cezinha Nascimento, Marcrean Santos, Sargento Joelson, Maysa Leão, Demilson Nogueira, Eduardo Magalhães, Wilson Kero Kero e Dilemário Alencar - veja.
