A deputada federal Coronel Fernanda (PL) rebateu às críticas da senadora Margareth Buzetti (PSD) sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do aborto, que considera a vida desde a concepção, proibindo, então, a prática do aborto mesmo em casos de estupro, gestação de risco para a mãe e em caso de anencefalia. Estas três situações são asseguradas em lei, e segundo a parlamentar, não deixarão de existir.
A aprovação ocorreu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e vai para Comissão Especial antes de ir ao plenário. Buzetti classificou como um tremendo absurdo a tramitação, afirmando que Coronel Fernanda deveria se colocar no lugar de uma família que tivesse a filha estuprada para avaliar se manteria a mesma posição.
Em resposta nesta segunda-feira (2), a Coronel Fernanda alfinetou a senadora, alegando que a pessedista não leu a PEC e que deveria dar pitacos quando o texto chegasse no Senado. "Acho que a senadora está mal informada e não leu a PEC. Espero que ela aguarde o momento de chegar no Senado e tome a decisão dela lá. Em relação a PEC aprovada na CCJ, faz uma alteração única e exclusiva, colocando o direito à vida desde a concepção", comentou, no Encontro de Lideranças do PL de Mato Grosso, realizado nesta segunda-feira (02), em Cuiabá.
"Eu sempre fui e nunca escondi que sou contra o aborto, e vou me manter nesta posição, independente da pressão A ou B, mesmo em caso de estupro. Mesmo em caso de estupro ia apoiar minha filha para dar condições para levar a gravidez até o final. A criança não é o marginal, não é o criminoso, quem é o criminoso é quem cometeu o estupro, que tinha que ser condenado a pena de morte. Queria ver quem da esquerda vai defender uma pauta dessa", emendou.
Ela reforçou que a proposta não proíbe o aborto legal. "Para nós está pacificado a questão dos direitos que foram conquistados. Isso não vai ser retirado, vai permanecer. Ninguém discutiu a proibição do aborto nesse quesito".