Após toda a polêmica em torno da derrubada do veto que proibía o funcionamento de mercadinhos em penitenciárias, por 13 votos favoráveis na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual Max Russi (PSB), presidente da Casa de Leis, explicou que a medida não permitirá a venda de produtos considerados supérfluos e que caberá ao Governo do Estado definir quais produtos serão vendidos nos mercadinhos.
Em entrevista à imprensa, Max disse que mesmo com a decisão do legislativo, o veto não quer dizer que o parlamento defenda a venda de produtos não essenciais e somente visa autorizar algo que é assegurado pela constituição, mas sob o controle do Estado.
“Não faço julgamento disso, nós não liberamos sorvete, nutella, longe disso. O governo tem que colocar lá dois ou três itens como sabonete e pasta de dente, isso eu defendo que seja vendido, mas nada supérfluo ou sem necessidade. Independente do crime, são seres humanos e não podemos segregar ninguém. Jamais liberar da forma de antes, que estava errado. A lei diz que o governo determina o que pode”, disse o presidente.
A votação que derrubou o veto do governador, sancionado ainda no ano passado, aconteceu na última quarta-feira (9). Por 13 votos favoráveis a 10 contrários, a Assembleia derrubou o veto, que não permitia o comércio nas penitenciárias, sob a alegação de que o mesmo gerava lucros a facções criminosas.
O governador Mauro Mendes (União Brasil) não recebeu positivamente a decisão e afirmou que estuda entrar na Justiça para reverter a mesma.