Cuiabá, 26 de Dezembro de 2024

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Política Sexta-feira, 08 de Novembro de 2024, 10:55 - A | A

Sexta-feira, 08 de Novembro de 2024, 10h:55 - A | A

FACÇÃO NA CÂMARA

Mendes diz que denúncia é grave e sugere reunião com Sesp

Abilio relatou que faccionados estão tentando interferir na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal

Midianews

O governador Mauro Mendes (União) pediu para o prefeito eleito Abilio Brunini (PL) se reunir com o secretário de Estado de Segurança Pública, César Roveri, por conta da denúncia de que facção criminosa estaria tentando interferir na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá.

Mendes e Abilio estiveram juntos na manhã desta sexta-feira (8) no evento de entrega de novas delegacias da Capital. 

À imprensa, o governador afirmou que o relato do eleito é “grave”, mas não é novidade. 

“Vou pedir para o nosso secretário de Segurança que convide o prefeito eleito para uma conversa sobre esse assunto. É muito grave o que ele falou. A ousadia dos criminosos no Brasil não está assustando mais ninguém", afirmou Mendes em conversa com a imprensa.

"E isso, diga-se de passagem, não é novidade para ninguém. As facções criminosas estão avançando fortemente enquanto o Estado brasileiro bate cabeça”, acrescentou.

Conforme Abílio, vereadores – cujos nomes não revelou – relataram ter recebido propostas de R$ 200 mil para votar seguindo a orientação da facção. A estratégia seria colocar um vereador aliado ao grupo criminoso no comando da Casa. 

Leis fracas 

Ao falar sobre o avanço das facções, Mendes voltou a criticar a forma que o Governo Federal tem lidado com o problema que assola o país. 

Ele, inclusive, mencionou a reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada, em Brasília, que teve como foco a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. Para Mendes, a proposta foi pouco revolucionária no combate ao crime organizado. 

“Vi com muita alegria a convocação do presidente para todos os governadores. Porém, não vi, ao ler a Proposta de Emenda Constitucional, nada que ao meu ver vai contribuir de forma decisiva para mudar esse cenário. Absolutamente nada”, disse. 

“É como se estivéssemos um paciente com câncer, e hoje o crime organizado é um câncer, e falar em dar mais uma neosaldina, uma dipirona, um remédio para dor. Não é isso que vai resolver”, acrescentou. 

“Nós temos que fazer uma reflexão profunda, verdadeira, honesta, corajosa para enfrentar o crime organizado. Senão eles vão estar todo dia protagonizando cenas de violência, de desrespeito e afronta ao Estado Brasileiro, como essa relatada pelo prefeito da Capital, que eles estariam se movimentando para eleger a Mesa Diretora na Câmara de Cuiabá”.

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