Cuiabá, 26 de Dezembro de 2024

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Variedades Sábado, 02 de Novembro de 2024, 09:52 - A | A

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RESPEITO E SAUDADE

Mais de 140 mil visitam cemitérios neste Dia de Finados: "Honrar memória"

Cemitérios de Cuiabá e Várzea Grande montaram programação especial para os visitantes, com missas e palestras

Rdnews

Mais de 140 mil pessoas são esperadas nos principais cemitérios de Cuiabá e Várzea Grande neste sábado (02), Dia de Finados. Só no Parque Bom Jesus, na Capital, são esperadas 80 mil pessoas. Na data, familiares vão aos cemitérios honrar a memória dos falecidos.

Maria de Lurdes, de 63 anos, é uma delas. A ida ao cemitério Recanto da Paz, em Várzea Grande, para visitar e orar por seus entes queridos já faz parte de sua vida, principalmente em datas especiais, como o Dia de Finados, aniversário e data de falecimento do seu esposo, Sebastião Cordeiro, com quem ela foi casada por 43 anos.

“Meu marido era uma pessoa maravilhosa. Foi uma vida casada com ele. Hoje eu e meus filhos sentamos para conversar e sempre falamos sobre as histórias dele, suas travessuras, nós choramos e rimos. Ele era um amor de pessoa e muito querido por tudo mundo. Era a alegria em pessoa onde chegava e fazia amizade rápido com todo mundo”, conta Maria.

A morte do esposo foi há três anos, em abril de 2021, por Covid-19. Para Maria, a pandemia foi a época mais difícil da vida dela, já que, em poucos meses, perdeu seu grande amor e mais duas parentes: as irmãs de Sebastião. 

“Para mim é difícil. Com a Covid, não víamos o parente morrer. Eu não tenho muitas lembranças do enterro, vi ele apenas em um saco de plástico preto e o caixão era lacrado. Ele saiu de casa em um dia para o hospital e eu nunca mais o vi. Hoje está ele e as duas irmãs enterrados um pertinho do outro”, relata.

Maria conta também, emocionada, que três dias antes de morrer, o esposo disse que nunca sairia do seu lado, e isso também deu forças para ela continuar.

“Eu acordei para fazer café para ele, ele segurou minhas mãos e falou: você sabe que eu te amo. Pode acontecer qualquer coisa, eu sempre estarei do seu lado. Eu respondi que até comecei o dia feliz, com uma declaração de amor dessa. Com três dias ele piorou da Covid e foi para o hospital. Tem dias que eu lembro demais dele. Tem dia que eu estou tão agoniada que não consigo ficar sozinha”, diz, com a voz embargada.

O cemitério já era um lugar que Maria visitava com o esposo, para honrar a memória do pai dele. Além do esposo, do sogro e das cunhadas, uma irmã também foi enterrada no local. Por isso, o cemitério é um lugar de respeito e de saudade.

“Tem a hora de nascer, de viver, e a hora de ser chamado. Mas quando chega a hora da partida, ninguém está preparado. Essas datas para mim são para oração pelas almas que estão aqui. Enquanto eu estiver com vida, farei essa presença para eles”, afirma.

Assim como Maria de Lurdes, muitos familiares já começaram a ir até os cemitérios antes do feriado. Alguns vão limpar os túmulos, trocar ou levar flores para a programação do Dia de Finados e outros antecipam a visita, já que o dia 02 costuma ficar muito cheio. No caminho do Parque Bom Jesus, seis barracas de flores já estavam instaladas quando a reportagem visitou o local, nessa sexta-feira (1º).

Missas e palestras

Uma programação especial será feita nos principais cemitérios neste sábado, com café da manhã, tendas, missas, cultos e palestras. Alguns oferecerão café da manhã. No Cemitério da Piedade, haverá missa às 7h, 9h30, 15h e 17h. Às 8h20 terá palestra espírita. No Cemitério do Porto, será celebrada missa às 7h, 9h e 15h. No Coxipó da Ponte, a missa será às 8h30. Os três cemitérios vão abrir às 6h e fechar às 18h.

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