Um empréstimo de cerca de R$ 5 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Nova Rota do Oeste para finalizar as obras de recuperação e duplicação da BR-163 deve ser concluído até o final deste ano. A informação foi confirmada pela concessionária.
Segundo o planejamento da Nova Rota, o valor aportado será utilizado nas obras de duplicação a partir de 2025. O governador Mauro Mendes requereu ao BNDES o financiamento em maio deste ano, em reunião em Brasília. O projeto inicial já incluía a busca pelo financiamento para finalização da obra.
"O financiamento será assumido pela Nova Rota, de acordo com o planejamento de investimento que é analisado pelo banco, dentro de critérios. Existe consultoria que dá parecer nisso, é um processo bastante complexo que segue uma lógica de mercado, não de governo", disse Mauro na última segunda-feira (05).
Responsável por 850 km da BR-163/364, em Mato Grosso, a Concessionária Rota do Oeste, assumida pelo Governo do Estado através da MT Par, pretende duplicar todo o trecho em até três anos. Atualmente, 400 km já foram duplicados. Para concluir esse projeto, o financiamento será necessário.
A Nova Rota tem previsão de investir R$ 7,5 bilhões na rodovia durante os próximos cinco anos, em obras de recapeamento, duplicação e construção de viadutos. Será aportado pelo Estado R$ 1,6 bilhão e R$ 3,3 bilhões de arrecadação em tarifas de pedágios.
A concessão
O Governo de Mato Grosso assumiu a concessão do trecho estadual da BR-163 em 2023, quando formalizou a transferência do controle acionário da Rota do Oeste. A busca pelo financiamento já estava prevista no cronograma após a assinatura da frente de serviço no trecho entre o km 593 e o km 681 da BR-163, contemplando o município de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.
Na época, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que iria analisar o pedido e destacou que a orientação do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de apoiar as obras estruturantes dos estados.
O pedido de financiamento está em análise técnica e adaptações realizadas pelo BNDES. As adaptações deverão abranger o novo modelo de investimentos fundamentado do Governo Federal.
